Jesus Cristo o nosso Salvador
O antigo testamento bíblico apresenta a história da criação, do resultado da desobediência do homem e a redenção que já estava programada, caso o homem falhasse. Conforme o texto bíblico todo alma que pecar morrerá (Ezequiel 18:4); o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna. (Romanos 6:23).
Após a desobediência da mulher e do homem no Éden, a humanidade estava fadada a morte eterna. Naquele momento um cordeiro foi morto para que se cumprisse o que está escrito que o salário do pecado é a morte. Eles, participaram na execução do cordeiro, animalzinho inocente. Deste animal, foram feitas as vestes para cobrir o casal que percebeu que estavam nus. Daquele instante em diante estávamos todos predestinados a morrer eternamente. Porém, Deus já tinha um plano, caso o homem pecasse. Este incluía a morte de alguém sem nenhuma mácula ou dolo. Quatro mil anos se passaram e a humanidade foi amargando os resultados do pecado. Todavia, há mais de dois mil anos atrás o plano de Deus se concretizou. Jesus Cristo nasceu por obra e graça do Espírito Santo, através de uma jovem de muito valor que foi escolhida para ser mãe do Salvador da humanidade.
Quem é este Jesus?
O evangelho de João na Bíblia se inicia da seguinte maneira: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. N´Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
Jesus Cristo faz parte da Trindade que consiste em Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Desde o princípio de todas as coisas Ele existe e tudo que foi feito Ele participou. Portanto, Jesus é Deus, tem todas as prerrogativas de divino, sempre reinou e reina sobre todo o universo. Mas, mesmo assim, se fez carne e habitou entre nós (João 1:14) a fim de experimentar todo o sofrimento resultante da falha humana e pagar o preço deste erro. Sim Jesus Cristo se apresentou ao Deus Pai e se ofereceu como sacrifício vivo por amor a mim e a você, por amor a humanidade caída e condenada ao sofrimento e a morte eterna. Este é o nosso Jesus. E para que o universo testemunhasse o seu propósito Ele experimentou todas as fases do desenvolvimento de um ser humano, desde as primeiras fases de vida embrionária no ventre de uma mulher até ter suas partes corporais formadas. Nasceu de um parto normal e aqui percebemos toda a sua estratégia de humildade, pois nasceu em uma estrebaria, para mostrar que, o dono de tudo, do ouro, da prata (Ageu 2:8) e Rei do universo, não está preso a nenhuma grandeza deste mundo e que ama a todos incluindo os que estão em vulnerabilidade social e econômica. Mas o nascimento de Cristo naquele local foi por não ter sido encontrado nenhum outro, naquele momento, para Maria pousar. Isto já foi um indício de que Ele veio para os que eram seus, mas os seus não o aceitaram (João 1:11).
Alguns podem questionar: as pessoas não sabiam que aquele que iria nascer era o Messias, por isto não deram prioridade. Caso soubessem elas teriam feito isto. Por que as pessoas não sabiam? A promessa foi dada e estava escrito desde o princípio, desde o momento em que o primeiro cordeiro foi morto no Éden (Gênesis 3:21). Mesmo assim as pessoas não sabiam? E porque os três reis magos compreenderam e vieram adorá-lo? Podemos concluir que estes, com certeza, examinavam as escrituras sagradas, não apenas liam, mas refletiam e estudavam. Aqueles que assim procedem terão o conhecimento e entendimento das profecias. Aqui está um fato no qual devemos nos perguntar: estamos como a maioria em relação a Jesus Cristo ou como os três reis magos?
Jesus foi crescendo em sabedoria, estatura e em graça diante de Deus e dos homens, colaborando com seus pais e convicto de seu propósito aqui na terra. Isto ficou claro desde a sua infância quando desapareceu por três dias e foi encontrado no templo dialogando com os doutores da lei, deixando admirados todos os que O ouviam pela Sua inteligência e as Suas respostas. Ao “vê-lo ficaram assombrados, e Sua Mãe disse-Lhe” Filho,porque nos fizeste isto? Olha que teu Pai e eu andávamos aflitos à tua procura", Ele respondeu-lhes: Porque me procuráveis? Não sabeis que devia estar em casa de Meu Pai?" Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse. Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso (Lucas 2:41-50).
A vida de Jesus foi um exemplo de bondade, perdão, cura, obediência e acima de tudo amor. A partir dos seus 30 anos de vida, a Bíblia evidencia com maior intensidade o ministério de Cristo. E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades (Mateus 9:35). Apesar disto, foi perseguido, humilhado, maltratado, porém não desistiu do seu propósito de nos salvar. Quanto amor!
Em sua peregrinação, Jesus sabendo que o momento do clímax de seu propósito aqui na terra estava bem próximo quando se aproximou de Jerusalém solicitou aos seus discípulos que providenciassem um jumentinho. Neste, puseram as próprias vestes e Ele montou. E muitos também estendiam as suas vestes no caminho, e outros, ramos que haviam cortado dos campos. Tanto os que iam adiante d´Ele como os que vinham depois clamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana nas maiores alturas! (Marcos 11: 1-11) Poderemos pensar: aquele era o momento áureo, máximo, para Jesus proclamar o seu reino e ter a maioria ao seu favor. Ele poderia providenciar um belo cavalo ou mesmo uma carruagem e entrar triunfante em Jerusalém. Todavia, o nosso Mestre não tinha como objetivo instalar o reino aqui nesta terra, como alguns se equivocaram, até mesmo os discípulos. Jesus poderia neste momento se aproveitar e se proclamar Rei. Esta é uma tendência do ser humano, prazer no poder, por isto, às vezes se corrompe. Mas com Cristo foi diferente, Ele só pensou em seu propósito pautado no próximo, em mim e em você.
O livro de Marcos no capítulo 14 nos mostra que nesta mesma semana, em uma quinta-feira, Jesus celebrou com os discípulos a Páscoa (libertação) e ali com eles a comer disse-lhes: Em verdade vos digo que um dentre vós, o que come comigo, me trairá. Eles ficaram tristes e começaram a dizer um após outro porventura sou eu? Cristo já sabia o que iria ocorrer, ainda assim continuou amando o traidor. Ainda naquele momento Jesus institui a Santa Ceia, abençoando o pão e o suco de uva e todos ceiaram e isto ficou como símbolo do corpo e sangue de Cristo. Dali Jesus foi com os discípulos para o Getsêmani. Ali chegando foi orar e levou consigo Pedro, Tiago e João. Naquele momento o Senhor Jesus começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia. E disse aos três: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai. E, adiantando-se um pouco, prostou-se em terra; e orava para que, se possível, lhe fosse poupada aquela hora. E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível: passa de mim este cálice; contudo não seja o que eu quero, e, sim o que tu queres. Naquele momento Jesus sentiu o peso dos meus e dos seus pecados e de toda a humanidade. Deve ter sido muito forte e pesado este peso. A palavra de Deus informa que seu suor se tornou em gotas de sangue. Voltando, achou os seus discípulos dormindo; e disse a Pedro: Simão, tu dormes? Não pudeste vigiar nem uma hora? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Jesus retornou a sua oração e voltou aos discípulos duas vezes mais e estes continuaram dormindo. Como estamos hoje? Vigiando ou dormindo? Estamos separando que parte de nosso tempo para adoração ao nosso Deus? Queremos que Ele esteja a nossa disposição a qualquer momento em que solicitarmos, porém não temos, pelo menos uma hora, para estar exclusivamente com Ele. Isto é solicitado para o nosso próprio bem. Afinal, todo sacrifício foi feito para a nossa salvação.
Depois daquele momento chegou Judas, o traidor, e beijou-O como senha para a turba que veio para O prender. Dali em diante se iniciou todo o sofrimento físico de Cristo.
Na sexta-feira o levaram para o sumo sacerdote Caifás, dali vai para Pilatos, que ao interrogá-lo declara: não vejo nenhum mal neste homem. Porém, lava as mãos e se exime da responsabilidade, quando teria todo o poder para libertá-lo. Os soldados em ironia vestiram Jesus com púrpura e lhe colocaram na cabeça uma coroa de espinhos, batiam-lhes na cabeça e cuspiam n´Ele. Depois disto conduziram o Senhor Jesus para fora a fim de o crucificarem.
O caminho de Jesus até o Gólgota, lugar da caveira, já é bastante conhecido por nós. Livros foram escritos, filmes foram produzidos, encenações sempre são feitas, ano após ano. Mas tudo isto o que tem provocado em nós? Uma emoção passageira, apenas nestes dias do ano? Desejo de chorar quando vemos ou lemos sobre este fato? Nesta semana lembramos o sofrimento, a humilhação e a morte de Jesus Cristo em nosso favor. A Sexta-feira Santa apresenta o drama imenso da morte de Cristo no Calvário. Porém, tudo isto não tem o menor sentido em sua e na minha vida se Ele não for o primeiro no nosso coração. Precisamos aceitar este sacrifício que foi a maior prova de amor testemunhada ao universo.
Este Jesus morreu por nós na sexta-feira. No sábado descansou na tumba, conforme o mandamento, e no domingo ressuscitou vencendo a morte e derrotando as hostes do inimigo. Por isto cantemos, louvemos e exultemos porque é grande e certo o nosso galardão no Céu. A morte foi vencida e a vida eterna aguarda os adoradores fiéis a promessa do nosso Grande Deus. Jesus retornou ao Céu, foi preparar um lugar onde moraremos com Ele eternamente. Porém, nos deixou um consolador, o Espírito Santo que intercede por nós ao Pai. O nosso Redentor Vive! Ele em breve voltará outra vez e nos levará para reinarmos com Ele por mil anos e em seguida vivermos nesta terra restaurada e livre do mal.
Aquele que dá testemunho destas cousas diz: Certamente, venho sem demora. Amém. Vem Senhor Jesus.
Lazaro Benedito da Silva
Diretor Associado do Projeto Partilhando Jesus
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