Cantarei para sempre as Tuas misericórdias,
ó Senhor; os meus lábios proclamarão a todas
as gerações a Tua fidelidade.
Salmo 89:1
Gislene Goulart era professora em uma escola adventista e vivia um dilema: o salário só dava para duas semanas do mês. Nas próximas semanas, as compras eram no cartão de crédito. No mês seguinte, metade do salário era só para pagar o cartão já utilizado, e a outra metade acabava em dias.
O presidente de Associação Bahia Central, escritório que administra as igrejas e instituições adventistas na região central do estado, fez uma semana de oração sobre mordomia na igreja de Gislene. Falou sobre a devolução não apenas do dízimo, mas também do pacto. Gislene e o marido decidiram devolver 10% de pacto. Antes mesmo de receber o próximo salário e cumprirem a promessa, o Senhor já começou a lhes abençoar. Duas de suas alunas passaram a ir para a escola com Gislene, pagando o equivalente ao combustível que gastava por mês. Além dessa economia, o Senhor fez com que o dinheiro “esticasse”, acabando só um dia antes de o próximo salário chegar, e nunca mais deixou de ser assim.
No final daquele ano, o marido de Gislene decidiu estudar Teologia no Iaene. Tudo estava dando certo até chegar à metade do primeiro ano, quando ela e o marido foram colportar. Saíram do trabalho com apenas R$ 500,00 de lucro. Precisavam pagar a faculdade dele, pagar o aluguel e ainda se manter com a alimentação durante todo o semestre. Resolveram vender o carro, um Gol 86. No mesmo dia em que anunciaram a venda do carro, apareceu comprador disposto a pagar à vista. Eles viveram dois meses com aquele dinheiro. Quando estava terminando, receberam o pagamento de uma empresa que lhes devia por palestras realizadas pelo marido de Gislene havia uns 9 meses. Viveram o restante do ano com aquele valor. Então, chegou a colportagem novamente.
Mesmo com as dificuldades financeiras, eles nunca deixaram de devolver o dízimo e o pacto. Seu marido, nos momentos de oração de madrugada, começou a sentir vontade de fazer um novo pacto: separar mais 10% do resultado daquelas férias para ajudar os necessitados. Com isso, 30% já estavam comprometidos para o Senhor.
No último culto de quarta-feira daquelas férias de colportagem, uma irmã disse ao marido de Gislene: “Quero lhe dar um presente. Vou lhe dar um ter-no.” No outro dia foram ao shopping e ela comprou um terno belíssimo, que não poderiam comprar tão cedo. Ao agradecer-lhe, disseram: “Irmã, a senhora é um anjo!” Ela respondeu: “Não, sou apenas um instrumento de Deus. Ele quer lhe dar este presente e está me usando para isso.”
Naquela mesma quarta-feira, depois do culto, outro irmão lhe disse: “Sabe, estive pensando em você, quero lhe pagar os estudos.” Que culto de quarta-feira abençoado!
Gislene sempre ouviu histórias surpreendentes sobre como Deus é fiel a quem Lhe é fiel. Mas não imaginava quantas bênçãos o Senhor poderia derramar sobre ela, quando começasse a prová-Lo. E ela viu que Deus é muito bom! Gislene tem certeza de que novos milagres ainda virão.
Quando somos fiéis ao Senhor e resolvemos ajudar os outros, nós começamos a ser ajudados de maneiras que não esperávamos. Quando retornamos ao colégio, estávamos cheios de alegria pelas maravilhas que Deus havia feito por nós. E ainda pudemos ajudar outra pessoa com a porcentagem do pacto que havíamos feito.
Gislene Goulart Niderstrasser
Associação Bahia Central (Uneb)
Fonte: Livro "Adorando Ao Entardecer"
http://blog.portaladventista.org/mordomiacrista/