No tocante a mim, confio na Tua graça;
regozije-se o meu coração na Tua salvação.
Salmo 13:5
Marcelino Pereira de Azevedo era dono de um comércio de roupas em Juazeiro, Bahia, no mercado municipal em que trabalhou durante vinteanos. Em dezembro de 2002, ele viajou para Caruaru, Pernambuco, a fim de fazer compras para seu estabelecimento. O ônibus estava cheio de comerciantes, que também iam fazer compras. De repente, no meio da noite, eles foram acordados por uma freada brusca, e imediatamente o motorista conduziu o ônibus por uma estrada de chão fora da pista. Dois homens que estavam dentro do ônibus e se diziam comerciantes surpreenderam a todos com um assalto, e dominaram os passageiros e o motorista.
No fim da estrada de chão, mandaram parar o ônibus, e lá estavam mais dois assaltantes, que dispararam tiros para o ar e ordenaram que todos saíssem do ônibus. Marcelino levava no bolso R$ 1.030,00, conseguidos com muito trabalho. Escondeu R$ 630,00 debaixo da poltrona e desceu com R$ 400,00 para entregar aos assaltantes. Eles ameaçavam dizendo que se alguém não entregasse o dinheiro, seria morto. O coração de Marcelino batia forte ao ouvir essas ameaças, mas ele estava com o pensamento ligado a Deus, em oração, pedindo para que eles não levassem o dinheiro.
No mesmo instante, sua esposa e um dos filhos, que não conseguiam dormir, cada um em um local diferente, sentiram um forte desejo de orar por Marcelino. Era o exato momento em que ele estava refém dos bandidos, junto com os demais passageiros. A oração dos filhos de Deus tem muito poder: Marcelino saiu ileso e com todo o dinheiro para o sustento da família. Dentre as 53 pessoas, somente ele não foi assaltado.
Alguns lhe disseram: “Você é um homem de sorte!” Outros perguntavam se ele era um “crente”, ao que prontamente respondia: “Sim!” De todas as bolsas e sacolas que estavam dentro do ônibus, só a dele escapou. A do seu colega, que estava ao seu lado, foi aberta e infelizmente levaram todo o seu dinheiro, e ainda espalharam todos os documentos do restante
das pessoas na saída da porta. Mas não tocaram na bolsa de Marcelino, e estava tudo em ordem: talão de cheques, cartões de crédito e outros objetos de valor.
Em março de 2003, em uma quarta-feira, às 6 horas, um irmão chamado Daniel telefonou para a casa de Marcelino dizendo que o mercado em que ele trabalhava estava em chamas, e que o seu box estava sendo devorado pelo fogo.
Junto com a família, Marcelino não ficou desesperado. Esse era o exato momento em que estavam fazendo o culto matutino. Terminaram o culto, tranquilos, pois não havia mais nada a fazer além de confiar no poder de Deus. Após o culto, Marcelino e os filhos foram ao mercado. Quando chegaram ao local, ficaram assustados, pois todos os boxes estavam queimados.
Não havia sobrado nada além de cinzas. Antes de chegar diante do seu box, Marcelino pôde ver um quadro desolador: até construções de alvenaria não
haviam resistido ao fogo. O desespero era total. Os bombeiros tinham controlado as chamas, mas não restara muito.
Os destroços ainda estavam fumegando, mas o box de Marcelino ainda estava em pé. Quando ele abriu a porta do box, a repórter da televisão local falou assim: “Este foi o único sortudo; seu estabelecimento comercial não foi destruído.” Marcelino sabe que a explicação é outra: foi a poderosa mão de Deus que nos protegeu. Quando somos fiéis e mantemos comunhão diária com Deus, não tememos as provações, nem o fogo destruidor.
Marcelino Pereira de Azevedo
Missão Pernambucana Central (Uneb)
Fonte: Livro "Adorando Ao Entardecer"
http://blog.portaladventista.org/mordomiacrista/